Estudar sobre beleza é complexo e intrigante, temos que levar em conta diversos aspectos culturais, sociais, raciais e filosóficos. Porém desde a Idade Antiga que este assunto persegue a natureza humana, os grandes artistas sempre procuravam enriquecer seus trabalhos com aspectos que saltavam aos olhos humanos, é a atratividade, o efeito magnético do belo que as formas perfeitas causavam no nosso cérebro.
Na época do Renascimento, Leonardo da Vinci, conseguiu desvendar o mistério das proporções divinas da beleza. Grande estudioso de matemática, Da Vinci encontrou uma relação de proporção chamada de PHI (1:1,63), observada em tudo na natureza que era belo e atraente aos olhos humanos. Esta descoberta revolucionou os trabalhos artísticos na arquitetura, nas artes plásticas, no design e também na medicina.
Objetivamente, para nós médicos que trabalhamos para produzir beleza, é fundamental ter conhecimento destas proporções. Na comunidade médica, o cirurgião plástico canadense Arthur Swift foi pioneiro em adaptar as proporções áureas para esculpir faces com injetáveis, promovendo beleza com muita naturalidade e personalidade. Ele adaptou um instrumento (Caliper) para encontrarmos as proporções ideais para cada face, e com isto personalizarmos o tratamento de uma maneira única e inovadora. (BeautiPHIcation) No ano de 2020 tive a oportunidade de conhecer o seu trabalho em um de seus concorridos cursos nos EUA. Swift ensina não só a beleza segundo a matemática de Da Vinci, mas sua técnica sutil e sofisticada, e anatomicamente embasada, nos traz enorme conhecimento sobre interação tecidual e como trabalhar com preenchedores e toxina botulínica, em pontos estratégicos, com pouco produto para alcançar resultados surpreendentes. A intenção é nunca modificar a essência do paciente, e sim revelar a versão mais proporcional de cada um, gerando atratividade, beleza, e aspecto mais jovem. Para Dr. Swift, recuperar os desgastes que o tempo imprime na nossa face, só faz sentido se for para trazer proporções e naturalidade. Foi justamente por causa desta filosofia que ele não se dedicou a parte cirúrgica da Cirurgia Plástica, pois segundo ele seria impossível trabalhar com essa perfeição matemática e naturalidade ao cortar estruturas faciais.